domingo, 20 de janeiro de 2013

Sábado Dose Dupla, by Mateus

Mais um sábado de muita jogatina. Pela manhã convoquei o pessoal do grupo de última hora para jogar pela manhã. Tirando o André que dormiu mais que a cama, o pessoal não se mixou e compareceu querendo conhecer o Clash of Cultures. O bom é que a joga marcou o encontro de veteranos, novatos, desaparecidos e ressuscitados. Estávamos se preparando para uma partida de CoC quando fomos surpreendidos pela presença do mais novo papai do pedaço, Artigas. Então partimos para uma mesa de Stone Age com Gaudério e Artigas e Um Clash of Cultures entre João Pedro, Mateus e Marcos. E ainda rolava um PS3 com Marcos Jr. no controle.

Artigas deixou o xadrez um pouco de lado e veio nos visitar para dar uma grande notícia
Sejam bem-vindos, João Pedro (E), novato, e Marcos (D), velho companheiro ressucitado
A partida de CoC foi bem divertida, muitos eventos acontecendo revés pra lá, pra cá, o jogador se propõe a uma estratégia, mas os fatos vão ocorrendo e decisões precisam ser tomadas. Jogo no estilo do Marcos, que felizmente está se recuperando de uma cirurgia. 10 quilos a menos não mudou em nada a personalidade ditadora do companheiro. João Pedro jogou muito bem conseguiu fazer uma produção eficiente e Mateus mais experiente foi na onde de completar os objetivos.

a chapa esquentou, muito prazer, Marcos Riffel
Por essa João Pedro não esperava, conheceu da pior forma a ira do ditador Marcos. Perdeu sua cidade e já via com olhos arregalados um ataque a sua capital. Mas nem tudo estava perdido, um evento de bate-pronto, prolongou sua vida, assentamentos bárbaros surgiram ameaçando a capital do tirano.

ahh Marcos, foi mexer com o novato...
Foi ai que Marcos tirou o pé, resolveu dar só um susto mesmo e voltou pra garantir sua capital, teve terremoto, e até ataques sangrentos, mas no final a sorte dos dados do Riffel é impar. O cara é mestre em tirar 1. 5 [o] seguidos que determinaram a extinção da civilização azul. No final a civilização verde, do Mateus, conquistou a azul e ganhou por 1 ponto de diferença da civilização democrata de João Pedro.

Enquanto isso Artigas jogava pela primeira vez Stone Age, e ainda vencia Gaudério, em uma partida de 2 os tradicionais placares bizarros, 300 e cacetada a 300 e pouquinho.

Final da manhã mas não de Joga, diretamente fui para a casa do Vitto e na companhia do anfitrião e do Bira, fizemos um embate de Eclipse. Trio já experiente no jogo, tudo macaco veio e um metagame impressionante. É um chororo pra lá e pra cá e umas frases de efeito só pra por pressão no adversário.

Os reis da Galáxia, eu nunca apareço porque tiro a foto
Bira com uma civilização Mecha, tinha um custo de produção reduzido, Mateus com os Orions começava com as aeronaves turbinadas e Vitto como Descendente tinha as naves anciãs como aliadas. O jogo se desenvolveu normalmente, os sistemas com supernovas não sobreviveram muito, Vitto seguindo as vantagens de sua raça teve mais facilidade em se expandir pela galáxia, Mateus aproveitou sua vantagem militar para produzir mais matéria prima para por suas espaçonaves em jogo e o Bira fez um jogo de exploração onde estava catando anciões, mas de bom mesmo encontrou uma tecnologia das mais porretas, 3 misseis que se dão antes do combate.

te contenta com o centro galático, encarar esses azuis e pretos é bem mais complicado.
A posição militar do Mateus obrigou os outros jogadores e se armar, o que deu uma vantagem aos Orions que além de bem posicionados no mapa, apenas um caminho para o confronto, conseguiram chegar primeiro no centro galático com mais força. Mateus até pensou em se espraiar e acabar de uma vez a família dos anciões, mas tomou uma ruim tão grande que era melhor mesmo ficar quieto no centro galático com muita atenção pra não receber ataque. Nos últimos turnos o metagame foi forte, é um jogo que muitas vezes não se decide no tabuleiro, mas na conversa e nos conchavos com todas as segundas intenções que o fator político do jogo traz. O papel do Mateus no jogo já estava feito, e "rezando pro juiz não marcar um pênalti nos acréscimos. Bira e Vitto se degladiavam pelo segundo lugar e quem sabe a vitória se Mateus enfiasse os pés pelas mãos. Mateus propõe uma aliança aos Mecha, para assim, ter mais convicção de Bira desencadear uma batalha com Vitto, o que realmente aconteceu.

olha a cara dos derrotados, nem parece que perderam, mas claro, a diversão foi  10

Então no final boas risadas, diversão, bolinhos, pizza e xingamentos descontraídos ao bom estilo Vitto. Ainda Mateus e Vitto encararam uma partida de Android Netrunner, card game estilo Magic. Pareceu um jogo muito bom com muito pano pra manga. Até a próxima!

12 comentários:

Ubiratã de Oliveira disse...

O nego perde os dentes, mas não perde o instinto...seu Marcos voltou mais magro, mais branco, manquitolando, mas bélico como sempre e botando pra quebrar...

Artigueiras, bem vindo ao mundo dos papais...que boa notícia...

No Stone age surpresa com a derrota do Gaudério pra um novato no game...

A joga de Eclipse foi muito boa mesmo...tive um pouco de azar em não achar naves androides e poder fazer pontinhos de inicio por outro lado tive sorte em achar peças de naves fodásticas...o jogo é típico EuroTrash cheio de opções porém vc tem de estar preparado pra sorte e com o pé atrás no azar...

Braços

Kony disse...

Nesses jogos onde cada um assume uma raça com determinadas características, acredito q o segredo esteja em maximizar as vantagens e minimizar os defeitos. Mais do que tentar trilhar uma estratégia, saber jogar com cada raça é essencial pra chegar no final vivo.

Ubiratã de Oliveira disse...

Acho que tem um fator importante...é a raça que caiu pra vc combinar com seu estilo de jogo...por exemplo se uma raça belicosa, cheia de armas, guerreira cai na mão do Mateus é gol!!!

Sem dúvida é o maior atacador, guerreiro, perigosos nos jogos (METAGAME)hahahah

Kony disse...

Na verdade não gosto muito de ataques não, mas reconheço que os embates geralmente são bem divertidos nos jogos, então muitas vezes acabo partindo para a pancadaria. Já dizia a famosa frase: "Se queres paz prepare-se para a guerra". Mas se vocês querem fechar os portões das civilizações de vocês tudo bem.

Vitto disse...

Curti muito nossa partida de Eclipse! Apesar de ter perdido, trabalhei MUITO meu metagame... :P Acho que aproveitei bem a vantagem da minha raça, mas achei bastante difícil deslanchar com ela... Talvez mais pelo antagonismo com o Bira de cara, mas sei lá. Lembrar que as duas raças de vocês foram muito fortes militarmente, Bira construindo barato e Mateus com naves bem fortes. Tive que me virar para sobreviver!

Ubiratã de Oliveira disse...

A coisa foi assim...o Mateus tinha naves tunadas de cara e saia com uma nave boa de saída, eu pagava barato por elas e o Vitto aliado das naves nativas o que dava um jogo de porrada...eu tive a sorte de receber peças ninja nas naves e isso fez com que eu virasse ameaça...talvez o "erro" do Vitto tenha sido abrir o front comigo...eu não ia pra cima dele, mas claro ele não tinha como saber se não era um blefe...quando fui pra cima dele, era um blefe sobre o Mateus na verdade...mais um turno e abriria aliança com o Vitto pra partir sobre o Mateus e os dois juntos conseguiriam sucesso...como ele (Vitto) me atacou primeiro, não tive escolha...

O Mateus bem a frente quase perdeu, se resolvesse me atacar ao inves de construir os Monolitos de 3 pontos teria perdido o jogo...soube não ser guerreiro na hora certa...mas quase caiu no papo do Vitto e me atacou...

Kony disse...

Com certeza Bira, como falei no jogo um ataque a ti traria um caos desnecessário, para mim, ao jogo. Então eu não iria te atacar mesmo, acho legal e engraçado o Vitto com a maior convicção advogando em causa própria. A matemática do vitto era certa, mas era mais certa pra ele mesmo. um ataque a ti enfraqueceria meu centro galático, ganharia 1 ou 2 pontos e poderia por todos os outros a perder. Mas o bacana é isso. Outra coisa legal q aconteceu foi quando eu descobri um defeito da minha raça, trocas entre recurso de 4:1, pensei pra mim mesmo, não vou fazer esse opção nunca, mas ai veio a chance de comprar a tech dos monolitos, mas não tinha pontos de ciência disponíveis. Foi ai q tive q trocar matéria prima em pontos de ciência.

Vitto disse...

Baita jogo! A partida redendo análises dois dias depois de terminada! :)

E esse pessoal da manhã? Nem pra comentar no post! Pilha fraca...

José Artigas disse...

Já tinha falado com o Bira que queria comparecer a uma joga desde o mês passado mas a coisa não estava fechando.
Sábado liguei o computador e vi que estava tendo jogo e aproveitei a deixa.
Acabei encontrando o Gaudério lá, o que foi uma grata surpresa.
Quando dei a notícia do bebê gostaria que o Bira também estivesse presente para ouvir.

José Artigas disse...

vamos ao jogo.

Stone Age.
Parte 01

Você recebe cinco aldeões e deve colocá-los em espaços do tabuleiro que representam ações. Cada jogador coloca quantos aldeões quiser em um mesmo espaço (alguns espaços só permitem um aldeão outros apenas dois aldeões), depois é a vez do outro e assim sucessivamente até que todos os jogadores tenham utilizado todos os seus aldeões. Nesta fase ninguém executa nenhuma ação, só aloca os aldeões. Pode acontecer de um jogador ficar distribuindo sozinho seus aldeões caso os adversários já tenham usado todos os seus.
Feito isto, o primeiro executa todas as suas ações (na ordem que preferir). Só então o próximo executará todas as suas e assim sucessivamente.
Depois que o último executar todas as suas ações, é necessário alimentar os aldeões, passa o marcador de primeiro jogador para o lado e recomeça o baile.
Simples, não?

O jogo pode acabar de duas maneiras:
1) quando acabarem as cartas; ou
2) quando acabarem os tiles de uma das 4 pilhas (já explico isto).

Vamos ver as ações.
Ação A: colher Alimento - custo 2;
Ação B: colher _Madeira - custo 3;
Ação C: colher _Tijolos - custo 4;
Ação D: colher __Pedras - custo 5;
Ação E: colher ____Ouro - custo 6;
Todas estas ações são praticadas da mesma maneira. Na sua vez você aloca aldeões na área respectiva. Para cada aldeão que você colocar ali, você recebe um dado. Na fase das ações você lança os dados e divide o resultado pelo custo (só valem os resultados inteiros, são desprezadas as frações) e recolhe a quantidade indicada.
Nas ações de coleta existe um limite de espaços disponíveis que podem ser ocupados por aldeões de forma que jogadores diferentes podem coletar um mesmo produto sem problemas (enquanto ainda tiver espaços a disposição). Para a coleta de comida não existe limite, todos podem coletar com seus 10 aldeões (que é o máximo) ao mesmo tempo, se quiserem.
Depois que um jogador colocou seus aldeões para coletar alguma coisa, ele não pode mais colocar aldeões naquele mesma área naquela turno (ou seja, se ele colocou 1 aldeão para coletar madeira, não pode colocar outro para coletar madeira neste mesmo turno. Mas ele pode colocar quantos aldeões quiser para coletar as tais madeiras só que tem que colocá-los ao mesmo tempo)

José Artigas disse...

Stone Age
Parte 02

além destas ações existe um outro grupo de três ação que são as seguintes:
Ação F: Aumentar o nível da fazenda. Você aloca 1 aldeão nesta área para poder fazer isto. Todas as fazendas começam no nível zero e a cada nível aumentado você não precisa alimentar um dos aldeões, se você elevar o nível o suficiente talvez nem precise alimentar mais os aldeões;

Ação G: Produzir ferramentas. Você aloca 1 aldeão nesta área e pode produzir uma ferramenta (de cada vez). Você tem três espaços no seu tabuleiro pessoal para guardá-las. Você as usa para aumentar a soma dos dados se estiver coletando alguma coisa. Cada ferramente só pode ser usada uma vez na fase de ações (existem ferramentas especiais que ao ser usadas são descartadas mas estas ferramentas não são produzidas por esta ação). Quando você produziu suas três ferramentas, poderá aumentar o nível de cada uma mas você não pode aumentar o nível de uma única ferramenta até o máximo pois tem que aumentar o nível de todas de forma parelha, ou seja só quando as três estiverem no nível 2 é que você pode aumentar a primeira para o nível 3 e assim sucessivamente. O nível máximo de cada uma é quatro. Se você usa uma ferramenta ela não pode mais ser usada naquele turno, mesmo que tenham sobrado pontos. Você pode usar todas as ferramentas em uma única coleta.

Ação H: Procriação. Você aloca dois aldeões nesta área e eles procriam na fase de ação. Simples assim. Só não esqueça que você tem que alimentar os aldeões no final de cada turno.

Pois bem, estas três ações F, G e H só podem ser executadas por um único jogador. Se alguém alocar um aldeão ali, os demais terão que fazer outra coisa (entre dois jogadores: alocados aldeões em duas destas áreas a outra ficava proibida naquele turno).

José Artigas disse...

Stone Age
Parte 03

Além destas, existem mais duas ações.

Ação I: comprar uma carta. Aloque um aldeão na carta e você a compra na fase de ações.
Temos quatro cartas abertas. A primeira custa 1 produto, a segunda 2 e assim sucessivamente. As cartas que não forem compradas são deslocadas e passam a custar menos no próximo turno completando os espaços vazios com novas cartas.
As cartas possuem duas propriedades, uma imediata e uma para o final do jogo. As imediatas podem ser:
a) produtos (1 ou 2);
b) dois dados para coletar um produto (neste caso você pode usar as ferramentas se isto ainda for possível);
c)o 'empório', onde você lança dois dados e, por uma tabela, cada número corresponde a uma unidade de um prêmio (que podem ser um dos cinco produtos ou uma ferramenta), você fica com um e da o outro a um dos adversários;
d) três pontos; ou
e) Uma ferramenta de uso único valendo 3 ou 4.

Bem estas são as consequências imediatas. As consequências para o final do jogo podem ser bônus do seguinte tipo:
1) um ou dois pontos para cada cidade construída (já vou explicar);
2) um ou dois pontos para cada ferramenta;
3) um ou dois pontos para cada nível da fazenda;
4) um ou dois pontos para cada aldeão; ou
5) um item que vai te dar pontos de acordo com uma tabela para cada item diferente que você tiver. A tabela é assim:
1 = 1 ponto;
2 = 4 pontos;
3 = 9 pontos;
4 = 16 pontos;
5 = 25 pontos;
6 = 36 pontos;
7 = 49 pontos; e
8 = 64 pontos.
São, portanto, oito itens diferentes disponíveis. Se você tiver cartas de itens repetidos elas contam apenas um ponto cada uma (ou seja, uma das cartas daquele item vai para ver os pontos da tabela e as demais contam um ponto cada)
Estas cartas tem várias iguais de cada tipo, tanto as de itens quanto as de bônus.

A última ação em que você pode alocar seus aldeões é a:

Ação J: Construção de cidades.
São quatro montes de tiles, sendo que o de cima de cada monte fica visível. Para construir a cidade você deve pagar uma determinada quantidade de produtos (ou o tile diz exatamente quais são os produtos necessários ou pede uma determinada quantidade de um mesmo produto ou uma determinada quantidade de combinação de produtos). Se você consegue construir a cidade, marca imediatamente os pontos (que são exatamente o custo de todos os produtos utilizados na construção).

Outras observações sobre o jogo.
Pode ser que você não consiga executar uma determinada ação porque não possui os recursos necessários para isto. Não tem problema (você pode posicionar seu aldeão sobre uma ação que não consegue executar apenas para que o adversário não a execute).
Se você não tiver comida para alimentar seus aldeões, usa os produtos que possuir e se não tiver produtos eu não sei o que acontece porque me esqueci e isto não aconteceu na nossa partida.
Como dito, o jogo acaba quando não houver mais cartas para repor as quatro que ficam abertas disponíveis para compra (jogamos que isto acabaria o jogo imediatamente mas tem que confirmar).
A outra forma é se for construída a última cidade de uma das pilhas de tiles (neste caso todos os jogadores terminam o turno).

Creio que este é o resumo do jogo com todas as suas regras.
Se ficou algo errado, corrijam.
Um abraço e até mais.